domingo, 24 de junho de 2012

O Flúor: foi uma arma química para os Nazista

Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de inocentes foram exterminados nos campos de concentração nazistas. Entre as várias técnicas de extermínio, as câmaras de gás envenenavam o ar e o destino dos corpos era os fornos (crematórios de guerra). Para controlar a agitação e rebeliões dos prisioneiros, os cientistas encontraram um método simples: descobriram que repetidas doses de flúor em quantidades muito pequenas afetam o cérebro, envenenando e narcotizando lentamente as pessoas tornando-as submissas. Os comandantes dos campos alemães ordenaram a adição do produto químico na água.

Opositores da fluoretação têm usado insistentemente a internet, divulgando denúncias como essa e pesquisas que condenam o método. Em Joinville, a Casan aplica o flúor na água como tratamento de saúde pública massificado para a prevenção da cárie dentária. Um dos maiores combatentes, o americano e doutor em química, Paul Connett, tem uma das mais abrangentes pesquisas sobre o tema disponível no sítio www.fluoridealert.org. Nas “50 razões para opor-se à fluoretação”, ele confirma: “O flúor é biologicamente ativo mesmo em baixas concentrações. Ele interfere com os ligamentos de hidrogênio, que é o centro da estrutura e funções das proteínas e ácidos nucléicos. Assim, tem o potencial de provocar distúrbios no processo vital do organismo”


quarta-feira, 13 de junho de 2012

POR QUE A CAFEÍNA NOS MANTÉM ACORDADOS?



A cafeína funciona mudando a química do cérebro. Ela bloqueia a ação natural de um componente químico do cérebro associado ao sono. É assim que funciona. A substância química adenosina se une a receptores de adenosina no cérebro. Essa junção de adenosina causa sonolência ao diminuir a atividade das células nervosas. No cérebro, a combinação de adenosina também faz com que os vasos sangüíneos se dilatem (presumivelmente para permitir que entre mais oxigênio durante o sono). A adenosina é produzida pela sua atividade diária. Os músculos produzem adenosina como um dos subprodutos da atividade física.
 Para uma célula nervosa, a cafeína se parece com a adenosina. A cafeína, portanto, se combina aos receptores de adenosina. No entanto, ela não diminui a atividade das células da mesma forma. As células não conseguem mais perceber a adenosina porque a cafeína tomou todos os receptores aos quais a adenosina se junta. Então, ao invés de diminuir a atividade por causa do nível de adenosina, as células aumentam sua atividade. Você pode ver que a cafeína também faz com que os vasos sangüíneos do cérebro se contraiam, uma vez que bloqueia a capacidade da adenosina de dilatá-los. Este efeito explica por que alguns medicamentos para dor de cabeça contêm cafeína. Se você tiver uma dor de cabeça vascular, a cafeína vai fechar os vasos sangüíneos e aliviá-la.
Com a cafeína bloqueando a adenosina, aumenta a excitação dos neurônios no cérebro. A hipófise percebe toda essa atividade e pensa que algum tipo de emergência deve estar ocorrendo, então libera hormônios que ordenam que as glândulas supra-renais produzam adrenalina (epinefrina).A cafeína também aumenta os níveis de dopamina, da mesma forma que as anfetaminas (a heroína e a cocaína também manipulam os níveis de dopamina ao diminuir a taxa de reabsorção dessa substância). A dopamina é um neurotransmissor que ativa o centro de prazer em certas partes do cérebro. É óbvio que o efeito da cafeína é muito menor que o da heroína, mas o mecanismo é o mesmo. Suspeita-se que o efeito da dopamina contribui para a dependência à cafeína.
O problema com a cafeína são os efeitos a longo prazo. Por exemplo, quando a adrenalina se acabar, você sentirá fadiga e depressão. Então o que você vai fazer? Vai tomar mais cafeína para que a adrenalina volte. Como você pode imaginar, manter seu corpo em um estado de emergência o dia todo não é muito saudável, e pode fazer com que você fique nervoso e irritado.
O maior problema a longo prazo é o efeito que a cafeína tem no sono. A recepção de adenosina é importante para o sono, especialmente para o sono profundo. A meia-vida da cafeína no corpo é cerca de seis horas. Isso quer dizer que se você consome uma xícara grande de café com 200 mg de cafeína às 3 da tarde, então às 9 da noite ainda há cerca de 100 mg de cafeína em seu organismo. Você pode conseguir dormir, mas seu corpo vai provavelmente sentir falta dos benefícios do sono profundo. Este déficit se acumula rapidamente. No dia seguinte você se sente pior, então precisa de cafeína assim que sai da cama. O ciclo continua a cada dia.
fonte: http://lazer.hsw.uol.com.br

terça-feira, 5 de junho de 2012

Nanotecnologia: um atrativo para a indústria cosmética e alimentícia





Já pensou em fazer o uso de bebidas "interativas" que mudam de cor? Ou ainda consumir um produto cuja embalagem nos indicaria quando efetivamente o alimento não estaria mais adequado ao consumo? Esses são produtos da nanotecnologia, a grande promessa do século XXI.

Nanotecnologia é a pesquisa e produção em escala nano (ou escala atômica) que vai de 1 a 100 nm. Nessa escala, a propriedade dos materiais varia muito quando comparados aos convencionais.
A nanotecnologia começou a ser divulgada na década de 80. Apesar de ainda estar em fase inicial de desenvolvimento, estudos realizados até então indicam ser uma área promissora de pesquisa e desenvolvimento.

Nanotecnologia em alimentos
A nanotecnologia apresenta grande potencial na área de alimentos. Algumas de suas utilizações são: purificação da água; liberação lenta de nutracêuticos; microencapsulação de aditivos; desodorização; como antimicrobiano e antifúngico; embalagens mecanicamente mais fortes e termicamente melhores; embalagens que indiquem ao consumidor que o produto não está mais em condições de consumo. (Chau et al. / Trends in Food Science & Technology 18 (2007) 269e280)

Nanotecnologia em alimentos x nanotecnologia na cosmética

Apesar de ser uma tecnologia ainda muito recente e pouco estudada, a nanotecnologia já faz sucesso na área da cosmética. Produtos com nanoesferas já não são novidades, e ganham cada vez mais destaque no mercado.
Graças aos seus efeitos mais satisfatórios, nesse ramo, a nanotecnologia se mostra como um chamariz, sendo destacada nas embalagens, nos comerciais, e em alguns casos, fazendo parte do nome do produto: Nanopeeling, Nanoserum e Nanolip, da linha VitACTIVE.

Segundo estudos feitos até agora, o uso de nanotecnologia na área de alimentos traria muitos benefícios. E talvez já o faça. No entanto, as indústrias não assumem o uso dessa tecnologia, apesar de informações externas afirmarem que "nanoalimentos" já fazem parte do nosso cardápio.
Daí surge o questionamento: por que as indústrias do ramo de alimentos não confirmam o uso de nanotecnologia, se no ramo da cosmética ela funciona até como atrativo para o consumidor?
Tentando responder essa perguntas, podemos discutir a questão da segurança. Ainda faltam muitos estudos até que se chegue à conclusão do quão segura é a utilização de nanotecnologia em alimentos. Nanopartículas, ao caírem na corrente sanguínea, podem alcançar órgãos como cérebro, gerando efeitos indesejados. Além disso, a nanotecnologia aumenta a absorção e diminui a eliminação dos produtos pelo intestino, o que aumenta a biodisponibilidade destes no organismo. Mas, se a aplicação tópica também pode causar toxicidade, então porque a indústria cosmética não teve o mesmo cuidado antes de "popularizar" a nanotecnologia?
Outra questão que pode explicar o fato da não divulgação da nanotecnologia em alimentos é a aceitação do público. Os consumidores, que já não tem informações suficientes sobre nanotecnologia (M. Siegrist et al. / Appetite 51 (2008) 283–290), podem ficar muito receosos quanto a sua segurança diante dessas mudanças, e com isso as indústrias perderiam clientes.
Só o avanço nas pesquisas científicas vai responder se a nanotecnologia nos alimentos vai conseguir chegar - abertamente - às prateleiras. Por enquanto, o assunto começa a aparecer na mídia, e a ser discutido pela sociedade. Já podemos dizer que a discussão vai ser longa, porque quando o assunto é comida, a resistência é grande.

Postado por: Beatriz Costa
Glauce Barbosa

Pão e química



Pesquisadores do Rio Grande do Sul usam os saberes populares da panificação para abordar temas como densidade das substâncias e fermentação com alunos do ensino médio.

A produção artesanal de pão em cidades do interior gaúcho inspirou pesquisadores na elaboração de material para ajudar no ensino de química. 
Meio quilo de farinha de trigo, 15 gramas de sal, 20 gramas de açúcar, uma colher de sopa de margarina, 15 gramas de fermento e um pouco de água. Receita de um pãozinho francês? Que nada! Esses são os ingredientes para uma aula de química.

Um grupo de pesquisadores do Rio Grande do Sul acompanhou a produção artesanal do pão a fim de utilizar esse conhecimento popular para ensinar química a alunos do ensino médio.
Inicialmente, quatro produtoras rurais com mais de 60 anos, descendentes de italianos e moradoras de diferentes cidades gaúchas – Itatiba do Sul, Barra do Rio Azul, Quatro Irmãos e Erechim – foram entrevistadas e acompanhadas durante cada etapa da panificação, desde o preparo do fermento até o momento em que a massa vai ao forno.
Algumas tradições das cozinheiras na produção do pão dialogavam diretamente com conhecimentos científicos já estabelecidos
“Depois dessa primeira etapa, retornamos com um recorte da transcrição das falas da entrevista, para sanar dúvidas que ficaram pendentes”, explica Luciana Dornelles Venquiaruto, química da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e coautora do artigo que descreve a iniciativa, publicado na revista Química Nova na Escola.
Durante as entrevistas, ficou claro para os pesquisadores que algumas tradições das cozinheiras na produção do pão dialogavam diretamente com conhecimentos científicos já estabelecidos. Por exemplo: ao substituir o fermento caseiro pelo industrializado, as produtoras aumentam a velocidade de fermentação do pão. Já a sova da massa em duas etapas distintas permite trabalhar melhor o glúten formado durante a mistura dos ingredientes e obter um produto mais macio e leve.
“Observamos no decorrer da parte empírica da pesquisa que os saberes cotidianos são, muitas vezes, similares aos saberes que a Academia produz, mas precisam passar por uma transposição didática para se tornarem saberes escolares”, afirma a química, acrescentando que é possível inserir em sala de aula conhecimentos que vão além dos tradicionais.
Do forno ao laboratório
Com os dados em mãos, os pesquisadores passaram para o laboratório, onde desenvolveram cinco experimentos que relacionavam o uso das técnicas utilizadas pelas produtoras de pão com princípios químicos.
“As atividades propostas destacam particularmente os efeitos da temperatura e da concentração dos ingredientes sobre a velocidade da fermentação e a densidade da massa”, enfatiza Venquiaruto. As experiências permitem que o aluno visualize como os processos químicos ocorrem e, consequentemente, compreenda melhor os conceitos por trás deles.
Em uma das atividades, duas garrafas PET de 600 ml devem ser cortadas e preenchidas cada uma com três colheres de fermento químico e duas de açúcar. Depois, o aluno deve acrescentar água em duas temperaturas diferentes – cerca de 12 ºC em uma garrafa e 33 ºC na outra – e fechá-las com uma bexiga.








O hábito de colocar a massa para descansar perto de uma fonte de calor é explicado pela química: a temperatura alta acelera a velocidade da fermentação. (foto: Venquiaruto et al)
Esse experimento simula os dias de inverno no Rio Grande do Sul, onde a temperatura beira os 12 ºC, e o calor que emana do fogão, onde as cozinheiras têm por hábito deixar a massa descansando em dias de frio. Ocorre que, durante o processo de fermentação, acelerado em temperaturas mais quentes, há a liberação de gás carbônico. Dessa forma, na garrafa que recebeu água a 33 ºC, o gás será liberado mais rapidamente e a bexiga encherá primeiro.
Outra atividade proposta é algo que as produtoras de pão fazem para saber se a massa já está pronta para ir ao forno. O aluno deve colocar uma bolinha de massa em um recipiente com água. A bolinha afundará, já que sua densidade é maior do que a da água. Porém, quando o fermento faz efeito, a bolinha sobe para a superfície. A explicação é simples: quando a fermentação ocorre, a bolinha se enche de gás carbônico e aumenta de volume, o que diminui sua densidade. Então, ela flutua.
Para as produtoras artesanais, esses e outros ‘truques’ de cozinha ajudam no preparo de um produto de qualidade. Para professores e alunos, eles são sinal de pura química e podem ajudar a tornar mais dinâmico o ensino dessa disciplina.

Por: Ana Carolina Correia
Publicado em 15/02/2012 | Atualizado em 15/02/2012
Ciência Hoje On-line

domingo, 3 de junho de 2012

Todos os vinhos viram vinagre conforme envelhecem?






É bem verdade que, existem alguns vinhos que podem levar muitos anos, sem perder as suas características. Isto claro ocorre com vinhos de alta qualidade que apresentam quantidades de açúcar, taninos (polifenóis presentes na casca de algumas uvas), acidez e álcool que estruturam o vinho e fazem com que ele aguente muitos anos sem perder a sua qualidade. No entanto, nem todos os vinhos melhoram com a idade. Segundo dados, apenas 10% dos vinhos tintos do mundo inteiro amadurecem bem, contra apenas 5% dos brancos.
O vinho é produzido através da fermentação de uvas, é durante este processo que os açúcares (glicose e frutose) são transformados em etanol. Veja a equação que representa este fenômeno: 
C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2
  Açúcar              Etanol
Porém, a transformação do vinho em vinagre ocorre através de uma ação microbiana, que leva a oxidação do vinho, fazendo que ele se torne azedo e impróprio para o seu consumo.